Presídio Militar da Trafaria
O Forte de Nossa Senhora da Saúde da Trafaria, também referido apenas como Forte da Trafaria, localiza-se próximo ao ribeiro da Raposeira, na freguesia da Trafaria, concelho de Almada, distrito de Setúbal, em Portugal.
Esta fortificação marítima foi erigida sob o reinado de Pedro II de Portugal, em meados de 1683, para complemento da defesa da capital, na margem sul da barra do rio Tejo.
Cessada a sua função estratégica, serviu como Lazareto e hospital de quarentena até ao ano de 1820, altura em que foi desocupado.
No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), beneficiou de obras de reparação entre 1829 e 1831, vindo a ser utilizado como presídio militar até ao fim do conflito, após o que voltou a ser desactivado.
Ocupado pela Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve, as suas dependências foram utilizadas como fábrica de guano de peixe. Diante da condenação desta função pelo Conselho de Saúde Pública, as actividades foram suspensas.
Posteriormente foi reocupado pelo Estado até que, sob o reinado de Manuel II de Portugal, sofreu obras de adaptação das suas instalações a presídio militar. Data deste período a recuperação da sua ermida, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde.
Transitou para a administração da Marinha Portuguesa, conservando as funções de presídio militar, retornando mais tarde para a alçada do Exército Português.
Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1917 encontra-se uma vez mais abandonado.
Actualmente, o mesmo encontra-se sob a jurisdição da Câmara Municipal de Almada, o forte não se encontra protegido ou classificado, e a ermida encontra-se abandonada e em avançado estado de degradação.
Durante o seu funcionamento, os militares do Regimento de Artilharia de Costa, asseguravam a segurança do presídio, uma vez que esta unidade se situava na Trafaria.